Como tudo começou
As terras da Fazenda Grossos, pertencentes ao Capitão Amaro de Barros Lima em 1787, abrangia a serra de Grossos e situava-se à margem do riacho São Pedro, afluente do rio Potengi. Nessas terras nasceu um povoado formado por sua maioria por agricultores, tendo à frente o grande incentivador e fundador do povoado de Grossos, o senhor Francisco Ferreira Lima, popularmente conhecido como “Seu Chicó”. Incentivado por Seu Chicó o povoado mudou de nome, passando a ser chamado de Sítio Novo. Em 1913, foi construída uma capela em homenagem a São Francisco de Assis. No dia 31 de dezembro de 1958, de acordo com a Lei Nº 2.339, o povoado Sítio Novo foi desmembrado do município de São Tomé e elevado à categoria de município do Rio Grande do Norte.
Ponto Turístico
Venha conhecer nosso município e suas belezas turísticas como o Castelo Zé dos Montes na Serra da Tapuia, a Pedra de São Pedro onde podem escalar acampar e fazer rapel, o Açude Barra da Tapuia e muito mais para quem gosta de sossego e tranquilidade.
Castelo Zé dos Montes
De repente, você avista um castelo erguido no alto da serra, ao lado de uma estrada que corta as terras do município de Sítio Novo, numa região pobre, nos limites do agreste e do sertão do Rio Grande do Norte.
Diante da surpresa, você teima em olhar de novo, para se certificar de que não está sonhando. E lá está ele, no alto da Serra da Tapuia, quase 400 metros acima do nível do mar, lembrando, de longe, os velhos castelos das montanhas da Europa.
Contrastando com a simplicidade das casas da cidade de Sítio Novo, pode até se pensar que ele é fruto de um ato de megalomania e excentricidade de algum fazendeiro da região, para demonstrar o seu poder. Ou quem sabe, até mesmo de um nobre europeu que resolveu vir morar no sertão potiguar e, para matar as saudades de sua terra, resolveu construir um castelo como havia em sua pátria.
Mas nada disso acontece. O castelo é um sonho, um maravilhoso sonho que vem sendo sonhado por um homem simples, de hábitos quase espartanos, chamado José Antônio Barreto, ou Zé do Monte.
Na década de 60 passou a pregar no interior do Nordeste o poder das rochas e ganhou o apelido de Zé dos Montes.
Prefere ser chamado pelo apelido. Para perpetuar a sua missão tornou famosos treze pontos na região, onde, ou fez castelos ou encontrou belas formações rochosas onde juntava romeiros interessados em suas histórias.
O homem franzino, de 53 quilos, tem poder de persuasão no discurso de pregação. Visionário, profeta, marqueteiro. É difícil adjetivar quando trata-se de uma figura controversa como Zé dos Montes. Sua história de realismo fantástico concretizou-se através de lugares que são boa opção para visitas.
O castelo da Serra da Tapuia, em Sítio Novo, encravado no agreste, chama atenção por suas inúmeras torres brancas contrastando com o cinza dos serrotes do lugar.
Desafiando os arquitetos urbanos, ele teve a idéia de construir um castelo em meio as rochas. A capela, localizada no centro da construção, é a área de convergência de três grandes pedras. Numa delas, Zé dos Montes mandou esculpir um altar para homenagear Nossa Senhora.
Na sala, munido de um inseparável cajado, prega para os romeiros ou visitantes.
O cetro é lembrança de uma das suas inúmeras viagens que ele diz ter feito ao exterior.
Como ele construiu os castelos é mais um dos seus mistérios. “O povo se admira como eu consigo fazer sozinho tudo isso”. Zé não gosta de falar, mas no passado, já foi militar e hoje está aposentado.
É difícil decifrar se Zé é um personagem criado para tornar o castelo mais interessante ou se aconteceu a fusão do simples mortal com o homem das forças divinas. Sobre a própria vida, Zé dos Montes diz ter a explicação “que é simples e difícil ao mesmo tempo.” Por nada no mundo diz onde nasceu. “Isso não é importante para história”.
Em meio aos seus inúmeros mistérios de vida, Zé leva a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE para um passeio entre o chamado labirinto do castelo. O nome sugestivo não é para menos. Uma passada pelos locais escuros e estreitos pode fazer o visitante se perder caso não tenha guia.
Em alguns trechos é preciso ter preparo físico e disposição pois o chão de terra pode ser escorregadio. Sobre a idéia do labirinto, Zé dos Montes diz: “É novidade. Fiz porque o povo que visita gosta de novidade.” O castelo foi construído em 1984, mas sempre tem uma reforma a ser feita. Há cinco anos Zé dos Montes fez a casa onde permanece por vários dias no “reinado” que construiu. Agora, os carrinhos de mão e material de construção dão pistas de que novos cômodos estão sendo erguidos. No local mais alto da construção toma forma uma torre. Posteriormente, Zé quer passar dias nessa parte do castelo.
Não há energia elétrica, nem água encanada no castelo. “Aqui é só vela”. Próximo ao castelo fica uma casa simples onde mora o caseiro do lugar. Crianças vestidas com camisas estampadas com a foto de Zé dos Montes estão sendo treinadas por ele para tornarem-se no futuro perpetuadoras da sua visão e pelo amor a Deus, Nossa Senhora e aos montes.
O visitante do Castelo da Serra da Tapuia, em Sítio Novo, ganha logo no acesso ao pitoresco prédio uma paisagem bonita do agreste. A cidade de Sítio Novo, distante 118 quilômetros de Natal, fica bem próxima a várias serras, inclusive a de São Pedro, da Pitombeira, da Dona Inês. A cordilheira de serras deixa ainda mais bela a paisagem. O açude da cidade espraiado em meio ao verde completa o cenário.
O acesso a Serra da Tapuia foi melhorado e permite a descida e subida de carros. É necessário ter cuidado porque a elevação é íngreme. No trajeto até o castelo o visitante pode observar várias residências. As pessoas do lugar vivem, essencialmente, do plantio de fruteiras. Os pinheirais carregadas podem ser vistos de várias partes.
A vida calma do lugar só é quebrada durante à noite. Acontecem muitas festas regadas a forró. Já existe iluminação em cima da serra. A partir do povoado da Serra da Tapuia se tem o acesso para o castelo. Em cima do monte, os moradores criam gado, cabras e galinhas.
COMO CHEGAR Segue pela BR-226. Quando chega em Tangará segue direto até o final da avenida principal. Na lanchonete Dois Irmãos entra a direita com destino a Sítio Novo. De Tangará até o castelo são 25 quilômetros.
FONTE - SITE DA PREFEITURA DE SÍTIO NOVO
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